um dia à tarde, num dia em que todos trabalhavam, nós passeámos. não era essa a intenção.
descemos e subimos a avenida, andámos à beira daquele parque. nunca o tínhamos feito.
estava sol.
num filme, esta seria a sequência com a música pseudo-indie, o momento ideal para nos lembrarmos que estas são as pequenas coisas que importam.
mas ali só se ouvia o barulho abafado dos carros. e os nossos passos.
eu sabia que era a última vez. e sabia — muito mais do que tu alguma vez poderias — a importância daqueles momentos.
a cada passo, queimavam.
estava sol.